Saltar para: Post [1], Comentar [2], Pesquisa e Arquivos [3]

Prà Vida Real

Blog de Ana Calha. Sobre Diálogo que nos aproxima. Uns dos outros.

Prà Vida Real

Blog de Ana Calha. Sobre Diálogo que nos aproxima. Uns dos outros.

Queremos que os nossos filhos REALMENTE aprendam inglês?

planeta e criança.jpg

 

Não é fácil, todos sabemos. Não é nada fácil confiar que os nossos filhos vão ser bem sucedidos na vida. Nada sabemos sobre o que está a nossa frente e só podemos especular. 

 

Assim sendo, cada pai e mãe vai descobrindo várias abordagens para garantir o melhor possível que este futuro esteja assegurado e que os seus filhos se magoem o menos possível neste processo.

 

O que queria partilhar convosco é aquilo que acredito ser necessário mudar no nosso sistema educativo para garantirmos tal futuro. O sistema educativo e, logo, toda a nossa abordagem e visão sobre a vida. O que escrevo não é, claro, nada de novo. Mas é fácil esquecer quando andamos a correr. Quando nos perdemos. 

 

Peço a vossa paciência para pensarmos em conjunto. Eu sei que custa mudar. São as dores do crescimento, como as dores físicas que os nossos filhos partilham conosco que vão sentindo no processo de crescer.

 

Mas pelos nossos filhos, precisamos de o fazer. De ser mais exigentes. De deixar de usar pensos rápidos porque entramos em pânico que ele/ela não passou no teste de inglês ou de matemática. Porque o amigo da sala se porta mal e queremos que o nosso filho esteja com meninos bons. Ou seja lá o que for da nossa correria para vermos resultados imediatos.

 

Precisamos urgentemente de nos perguntar, "Que tipo de pessoa quero realmente que o meu filho se torne?" Aqui, neste momento, queria falar de filhos que estão preparados para a vida. Que sabem lidar com dificuldades. Sem nunca passarem por cima dos outros. Com um coração verdadeiramente empático e que contribui para o serviço aos outros. E que assim, vai longe. Muito longe.

 

Quem lê este blog, ou conhece o meu percurso enquanto professora de inglês ou formadora de diálogo, sabe que parto sempre de exemplos reais. Jamais se esquecem as experiências em que me era pedido - com o intuito de não se perderem alunos e dinheiro - que se separassem turmas entre os bons e os maus. Ou dos telefonemas que recebo de pais que precisam que os filhos melhorem as notas dos testes e querem aulas já. Ou das inúmeras experiências de pressões externas que sofri para calar alunos e agradar os pais mais ansiosos. Todos eu profundamente compreendo. Mas não posso ceder. 

 

Ou melhor, até posso. Se quiser só ganhar dinheiro. Mas a experiência diz-me que o dinheiro se ganha quando se faz verdadeiro trabalho de qualidade.

 

Recordo o tumulto interior nessas situações. Como me recordo... Dos dias a estudar e estudar mais para encontrar respostas. De reflectir muito. De escrever a professores pelo mundo a pedir opiniões.

 

E de me perguntar sempre: mas o que queremos mesmo para estas crianças? Da melhor forma que pude, procurei sempre decisões duradouras e que unissem as crianças. Que as treinassem para uma vida verdadeiramente humana, com espírito crítico e sabendo que sempre que caissem se iriam levantar. E cair e levantar. Mas sempre a chegar o seu destino. 

 

Mais uma vez, escrevo. Eu sei que é difícil não ficar pelo imediato. Enquanto professora de inglês (e neste momento só enquanto tal), queria convosco trabalhar para que os vossos filhos estejam preparados para falar inglês Para a Vida. Não para passar nos testes. Também para passar nos testes. Mas como consequência de saberem REALMENTE inglês. Não como objectivo final. 

 

Se os nossos filhos forem treinados para a arte do diálogo, para quererem de facto conhecer a pessoa à sua frente, todos os programas nacionais de inglês podem ser usados para criar maravilhosas aulas de conversação.

 

Assim fez com os cursos English for Life Jovens. Respeitando toda a gramática necessário para avançarem mas com o intuito último de nutrir futuros adultos que comunicam. Que querem aprender. E que, acima de tudo, usam a aprendizagem do inglês para vencer vergonhas, medos e a vontade desumana de serem perfeitos. 

 

Vamos juntos? 

 

 

 

 

 

 

 

 

Comentar:

Mais

Se preenchido, o e-mail é usado apenas para notificação de respostas.

Este blog tem comentários moderados.